Maurren Maggi, outra paulista do Brasil.
Um motorista de taxi comentou comigo que a China nem comemora mais suas medalhas de ouro de tantas que conseguiu. Parece que eles não sentem mais tanta graça nas medalhas, até parece que ganhar ficou banal. Talvez julguem estar lutando por obrigação e o prêmio é um mera conseqüência. Não que falte raça, garra, mas parece que é tão certo, tão esperado, que tem um sabor diferente do nosso. Realmente feijoada tem mais sabor que espeto de escorpião.
Nossa fome não é menor que a deles: “medalha, medalha, medalha” como diria Dick Vigarista (personagem do desenho).
A expressão emocional é que faz toda a nossa diferença. Acompanhando a entrega da medalha de ouro à nossa atleta Maurren, nota-se sua alegria e esforço para manter o controle emocional. Ela vibra e canta nosso hino com firmeza até que surge a frase: “Terra adorada", nesta altura ela irrompe num choro de banhar a medalha. Por certo passou um “filme na sua mente” das suas lutas, privações, renúncias na nossa pátria amada, Brasil. De todos os apoios que buscou e recebeu, outros que devem ter sido negados. provavelmente desencorajada por alguns, desacreditada por outros... Enfrentou tudo e a si própria. Lutou com bravura, chegando lá. Não é brincadeira não, 7.04 m de distância.
O mesmo taxista comentou que essa distância é do tamanho da trave de futebol. Caramba! Como salta essa mulher! E que barriguinha sarada...
Seu choro, sua emoção é figura da nossa raça: brava gente, que bravamente corre atrás do sonho. Gente que não é brava, nem emburrada e nem fria, antes alegre e emotiva.
Nosso choro vem da profundidade da alma, do fundo da terra que é pátria, onde temos nossas raízes, sinais de pertencimento ao nosso lugar: pai-país. Que delícia que é ser brasileira!
Obs: Temos nossa primeira medalhista de ouro da história do atletismo brasileiro. Ela espera festa na sua recepção em São Carlos:
"Tomara que a prefeita faça uma festa com muito brigadeiro e refrigerante", pediu.
Site do Terra
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