sábado, 15 de novembro de 2008

O tal do Pôr do Sol...


Essa é uma amostrinha.



Agora abaixo vai uma palhinha em dois filminhos rápidos.

* Fomos nós que filmamos!!!!



sexta-feira, 14 de novembro de 2008



Que tal acordar com esse barulhão?

Falta o som, né?

Então vai aí abaixo...

O sol e o jacaré

São gaivotas, são sabiás
São olhares de pessoas
À espera das cores vivas
Rajadas de tons

São momentos de espera
São minutos de despedida
Um tempo em que se pode olhar
pro sol partindo pro outro lado do mundo

Aqui ele nunca é solitário
Um sol nada solitário!
Que se despede em companhia
de tons, de sons, das notas do sax


Na descida beija mais e mais o rio
Dança ao som do bolero de Ravel
E ri do dia que se apaga fazendo graça
porque também vê o meu rosto inundado


Ele se vai dentro de mim
E se retém no meu olhar
O vôo da gaivota
A canoa no Rio Jacaré

Nas nuvens multicores
A natureza se compõe,
rastreada nas águas.
Finca-se a luz da lua!

E pra brindar o dia
Ao tom do violino,
Jogo nessas águas da Paraíba
a poluição que há em mim


Renata Lang Stapani

O Brasil não conhece o Brasil

Algumas experiências da vida são realmente inusitadas, especiais, surpreendentes. Recebi hoje um email com o parecer de uma holandesa sobre o Brasil. Não sei se é verídico, mas ela ressalta que nós brasileiros damos ênfase ao negativo; falamos mal do Brasil sem reconhecer as mudanças e os avanços tecnológicos, sociais, etc.
Pode mesmo ser uma mania brasileira admirar o que vem do estrangeiro e achar que aqui tudo é primitivo. O que é antigo tratamos como: velho. Há apenas uma ou duas décadas é que as cidades têm procurado resgatar seu valor histórico e buscar ajuda inclusive fora do país, para restaurar monumentos e construções por exemplo do sec. XVI. Sabe-se que brasileiro desconhece o Brasil como cantava com propriedade Elis Regina: O Brazil não conhece o Brasil, O Brasil nunca foi ao Brazil
(Querelas do Brasil - Mauricio Tapajos / Aldir Blanc)
A grandeza territorial nos afasta geograficamente, mas com os recursos da internet e das emissoras de televisão deveríamos nos aculturar mais e melhor. A história que aprendemos na escola de modo tradicional invariavelmente é entediante. Provavelmente se tivéssemos um maior intercâmbio entre as regiões brasileiras abriríamos o nosso coração para essa diversidade cultural e nos apropriaríamos dela para então FALAR BEM do Brasil. Por exemplo, só há poucos anos que a emissora Band tem apresentado a festa folclórica do Bumba-meu-boi, (boi-bumbá ou pavulagem) de Parintins no Amazonas. Como é que turistas estrangeiros conhecem e vêm assistir pessoalmente? Quantas outras festas e tradições ocorrem sem que tenhamos conhecimentos? Certa vez vi em Salvador um grupo de americanos que tinham vindo à Bahia para uma festa em Feira de Santana. Desconhecemo-nos uns aos outros.

Vamos lá à minha experiência inusitada e surpreendente que quero contar.
Primeiro que é lá em João Pessoa que está o ponto mais oriental brasileiro e das Américas continentais, o ponto mais próximo da África: A ponta dos Seixas, na praia do Seixas (14 km do centro de João Pessoa). Há um marco neste ponto geográfico: o farol do Cabo Branco com uma vista fantástica. O turista fica bem amparado pelos guias que explicam a história, inclusive o nome da cidade que foi trocado 5 vezes. Foi bonito ver a ética entre os guias. Logo que adentramos a Paraíba a guia de Natal passou a palavra para o guia paraibano nos apresentar a sua cidade. Vimos educação, gentileza e respeito entre os nordestinos.
Se em Natal amanhece as 04h40min (considerada a noiva do sol), é na Paraíba onde encontramos o Pôr do sol mais romântico do mundo! Eu nunca tinha ouvido falar sobre o Pôr do sol em Cabedelo, município de João Pessoa.
Você sabia que há mais de 8 anos um saxofonista contempla com o povo o entardecer tocando o bolero de Ravel? Acontece às margens da praia do Jacaré – rio batizado pelos índios!
Uma experiência emocionante, um louvor à natureza de Deus. Tive a alegria e o êxtase de participar da apresentação de nº 2933, citada por ele – Jurandy do Sax - em oração após soprar a última nota do bolero naquela tarde/noite.
Ele chega de canoa e fica desfilando no rio diante do povo que se cala para ouvir suas notas fortes, numa harmonia incrível com o espetáculo do sol que se despede. Ele ora a Deus com gratidão pela vida e por aquele momento.

Não perca a oportunidade de conhecer. Será uma pena você deixar o planeta sem conhecer esta apresentação que é gratuita ou pagando R$ 3,50 (não esqueci nenhum zero!) para também ouvir dois jovens no sax e violino comemorando mais um dia que se finda em contemplação à noite que chega. MARAVILHOSO!
Entre no site e conheça essa maravilha:

http://br.youtube.com/watch?v=oNfvm4FIq6I&feature=related – Pôr do sol

http://br.youtube.com/watch?v=Cdf1vmzFVmM&feature=related – Jurandy do Sax

http://www.pbnet.com.br/openline/mfarias/farol.htm - Farol do Cabo Branco e a Ponta do Seixas